Ilha de Moçambique projecta uma unidade para transferir os lixos a destino final

Sendo o lixo um problema sério enfrentado pela comunidade, o seu transporte actual a destino final, no limite do município da Ilha de Moçambique, resulta na necessidade de ser encarada uma alternativa que passa pelo transbordo do lixo, não separado, dos actuais meios de recolha(essencialmente tractores) para veículos de maiores dimensões, reduzindo o tempo de transporte dos meios directos de recolha a destino final, menor desgaste dos equipamentos, optimização dos serviços prestados à comunidade e, consequentemente menores custos gerais de operação (combustível, manutenção e mão de obra).

Actualmente, está em curso a adequação final do projecto de concepção para a construção de uma pequena unidade, simples, de transbordo dos resíduos a implantar na parte continental, a pouca distância da ponte que une a zona insular, perspectivando-se que esta “aligeirada” infra-estrutura possa vir a entrar em funcionamento nos primeiros tempos de 2022.

Trata-se de um empreendimento impulsionado pelo Conselho Municipal da Ilha de Moçambique, da autoria técnica de um gabinete local, no contexto da colaboração existente com a União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa (UCCLA), ao abrigo do programa Cluster da Cooperação Portuguesa. Na mesma lógica, constitui parte integrante a intervenção, em execução, no complexo dos serviços urbanos municipais com a finalidade de melhorar as condições de parqueamento dos meios rolantes de recolha e transporte de lixo.

De ressaltar que a responsabilidade na limpeza do município se encontra directamente relacionada com os serviços municipais, porém a colaboração e a participação activa da comunidade, de todos os actores, entidades e instituições locais, é imprescindível para que os resultados desse esforço sejam reconhecidos e apreciados por todos. Não se deve esquecer que, para além do aspecto estético e visual, o lixo, indevidamente tratado e escoado, compromete a saúde e o bem-estar dos cidadãos.